Amanhecer parte 2
QRCode
quinta-feira, 25 de março de 2010
The Runaways, de Floria Sigismondi, é um filme biográfico bem confuso sobre uma banda formada só por garotas dos anos 70. É baseado no livro de Cherie Currie, Neon Angel: A Memoir of a Runaway (Anjo de Neon: Memórias de Uma Runaway), mas é Joan Jett quem fica com os créditos de produtora executiva. Não se sabe se o filme focaliza nos membros da banda individualmente ou na ascensão e queda da banda como um todo e como resultado a história do filme fica desinteressante, principalmente se você já assistiu a filmes biográficos sobre rock antes. Por sorte, The Runaways tem um visual maravilhoso e performances boas o bastante para lhe atrair, mesmo com o roteiro de Sigismondi te afastando.Jett (Kristen Stewart) é a que teve a chocante ideia de fundar uma banda de rock só de garotas. Ela passa os dias andando por Los Angeles tocando sua guitarra. Ela gasta tudo que ganha com isso em uma jaqueta de couro perfeita e usa seu charme natural para se apresentar ao famoso produtor musical Kim Fowley (Michael Shannon). Sem se afastar das controvérsias, Fowley fica maravilhado com a ideia de agenciar uma banda só de meninas e vê mais dinheiro a vista quando convence Cherie Currie (Dakota Fanning), de 15 anos, a se tornar a vocalista da banda.
Não dá pra ter certeza se o filme quer se focar em Jett ou Currie, mas o que mais aprendemos é sobre a vida de Currie em casa. Ela tem um pai alcoólatra (Brett Cullen) que saiu de casa quando ela era criança, e uma mãe egoísta (Tatum O’Neal) que foge para a Indonésia para se casar. Quando Cherie e a banda começam a fazer turnês internacionais, seu relacionamento com sua irmã Marie (Riley Keough) é testado. Marie é deixada em casa para cuidar dos avós e do pai doente enquanto Cherie está – pelo menos no começo do filme – vivendo a melhor época de sua vida.
A banda finalmente chega ao auge no mercado internacional e pelo que pude ver elas eram mais famosas no Japão que nos Estados Unidos. Infelizmente, por causa da súbita fama, o grupo começa a derrocada que já estamos acostumados a ver em filmes sobre bandas de rock. As drogas são apresentadas como uma atividade social, mas logo se tornam um problema, principalmente para a jovem Cherie, que deixa a fama subir a cabeça. Há também, é claro, a inevitável inveja quando a vocalista começa a aparecer em capas de revistas. As cenas são familiares, mas as atrizes as tornam interessantes.
Na melhor atuação do filme, Kristen Stewart respira Joan Jett. Ela se parece com a rockstar em todos os aspectos e eu não conseguia tirar os olhos dela. Fiquei decepcionado por não terem aproveitado-a melhor. A Currie de Fanning é a personagem principal na maior parte do filme e, embora a atriz tenha feito um bom trabalho, eu não consegui me envolver tanto com a personagem dela como com a de Stewart. Tem também Michael Shannon, que traz sua intensidade e brilho de Foi Apenas um Sonho para o cenário do rock n’roll. É muito divertido assisti-lo.
O filme também usa a música como personagem principal com muitas performances gravadas de Fanning e Stewart. Gosto do fato de elas mesmas terem cantado as músicas. Não apenas enfatiza a autenticidade dos anos 70 no filme, mas faz a banda parecer mais viva e sem isso o filme poderia facilmente ter tido problemas.
A principal atração aqui é Stewart e eu recomendo esse filme pelo simples prazer de ver essa talentosa atriz começando seu desenvolvimento em algo especial. Ela tem uma presença na tela cheia de energia e não esqueço o quão incrível ela está no filme. Eu tiro o chapéu para a figurinista Carol Beadle por ajudar a criar uma personagem com um visual tão memorável. Parte de mim que Stewart represente o papel novamente daqui alguns anos focalizando na carreira de Jett depois das The Runaways. Vemos apenas uns cinco minutos de Jett após o fim da banda e não é nenhuma surpresa que sejam alguns dos melhores minutos do filme
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário